análise

Coincidência ou não, após Justiça livrar médico, Paraíba vive onda de violência contra mulher

Por Maurílio Júnior

Agressões contra mulheres não tiveram início em setembro de 2023, mas é de assustar a quantidade de crimes de feminicídio na Paraíba depois do caso do médico João Paulo Casado. Apesar de todo destaque, a juíza Shirley Abrantes Moreira Régis, da Vara da Violência Doméstica de João Pessoa, negou o pedido da Polícia Civil para prender o ex-diretor técnico do Hospital Trauminha.

Coincidência ou não, depois desse caso, outros crimes foram registrados, como o do secretário de Comunicação de Belém, que matou a namorada e depois se matou. Para piorar, a Prefeitura de Belém prestou homenagem ao feminicida. Já nos últimos 7 dias, outros 5 crimes contra mulheres aconteceram na Paraíba. Sem falar no caso do advogado, que espancou a namorada em um elevador residencial no bairro do Bessa, em João Pessoa.

Também teve o assédio do vereador do Conde, Flávio do Cabaré, que ofereceu R$ 100 a uma menina de 14 anos em troca de sexo. Também no Conde, a prefeitura abriu um processo contra um servidor acusado de também assediar uma colega de trabalho. A situação anda desenfreada.

Diante desse caos, a deputada estadual Cida Ramos (PT) apresentou no plenário da Assembleia Legislativa da Paraíba um Plano Emergencial de Ações de Enfrentamento ao Feminicídio.

A parlamentar destacou que a Paraíba tem registrado uma escalada de casos de violência doméstica e feminicídios, sendo preciso a união dos Três Poderes Estaduais e da Sociedade Civil organizada para combater essa realidade.

No texto consta solicitação de audiência, visita aos demais poderes, criação de um observatório da violência, entre outras ações para que os poderes se unam com a sociedade civil para combater essa barbárie social.

Coincidência ou não, após Justiça livrar o médico João Paulo Casado, Paraíba vive onda de violência contra mulher. A impunidade encorajou os agressores.