A Polícia Federal (PF) revelou novos desdobramentos de um suposto plano de golpe de Estado envolvendo o ex-presidente Jair Bolsonaro e integrantes de seu núcleo próximo, incluindo o general Walter Braga Netto, seu vice na chapa presidencial derrotada em 2022. As informações foram divulgadas pela jornalista Andréia Sadi, do G1.
Um encontro ocorrido no dia 12 de novembro de 2022, na casa de Braga Netto, teria sido central para a articulação do plano. A reunião, confirmada em depoimento pelo ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, Mauro Cid, e corroborada por materiais apreendidos com o general de brigada Mario Fernandes, teria discutido um suposto plano denominado “Punhal Verde e Amarelo”.
Segundo as investigações, o plano incluía a execução do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do vice-presidente Geraldo Alckmin e do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, com o objetivo de aplicar um golpe de estado. A data marcada para os ataques seria 15 de dezembro de 2022.
Na manhã desta terça-feira (19), a PF prendeu Mario Fernandes e outros três militares do grupo conhecido como “kids pretos”, suspeitos de participação no plano. O general Braga Netto, ex-ministro da Defesa e chefe da Casa Civil durante o governo Bolsonaro, também é apontado como um dos mais envolvidos na elaboração do suposto roteiro para um golpe de Estado.