Antônio Ais e Fabrícia Farias, donos da Braiscompany, tiveram uma filha na Argentina no último dia 29, enquanto aguardam, em prisão domiciliar, o processo de extradição para o Brasil.
Presos desde 2024, eles já foram condenados por crimes financeiros e são acusados de desviar mais de R$ 1,1 bilhão de cerca de 20 mil vítimas.
Segundo o advogado criminalista Artêmio Picanço, o nascimento da criança não impede a extradição do casal, mas pode, sim, provocar um novo atraso.
“O fato de ter a filha não impede a extradição, contudo provavelmente atrasa. Provavelmente atrasa”, afirmou o advogado.
Ele explicou que, embora a Corte Suprema argentina reconheça o direito à convivência familiar, não há impedimento legal para a extradição de estrangeiros com filhos menores.
Picanço citou jurisprudências da Corte argentina e afirmou: “A extradição por si só configura também uma separação temporária entre os pais e filhos que não viola a Convenção sobre os Direitos da Criança, desde que sejam observadas garantias básicas”.
O caso agora depende da tramitação por parte do governo argentino. No Brasil, a parte formal já foi concluída e aguarda cumprimento da decisão.