O tenente-coronel Mauro Cid afirmou, em delação premiada, que a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro participou ativamente de um grupo que pressionava o então presidente Jair Bolsonaro a dar um golpe de Estado. O sigilo do depoimento foi levantado nesta quarta-feira (19) pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).
O ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro afirma que Michelle e um grupo de conselheiros radicais tentava convencer o então presidente de “forma ostensiva”.
De acordo com Cid, Michelle e aliados influentes, como Onyx Lorenzoni, Eduardo Bolsonaro e Magno Malta, insistiam que Bolsonaro teria apoio popular e de colecionadores de armas (CACs) para concretizar a ruptura institucional.
Em resposta a divulgações anteriores da delação, o advogado de Bolsonaro e Michelle, Paulo Cunha Bueno, negou as acusações, classificando-as como “absurdas e sem qualquer base na realidade”. Eduardo Bolsonaro também rejeitou qualquer envolvimento.