opinião

Seletividade de justiça de Pedro Cunha Lima não ajuda Ruy

Por Maurílio Júnior

João Pessoa (PB)

O ex-deputado federal Pedro Cunha Lima (PSDB) disse hoje em entrevista à CBN que desistiu de desistir da carreira política.

O tucano admitiu que após perder as eleições de 2022 para o governador reeleito João Azevêdo (PSB) pensou em largar a vida pública onde está desde muito cedo.

Filho e neto de ex-governadores, Pedro também fez acusações contra João, mas absolveu o deputado federal e aliado Ruy Carneiro (Podemos) da condenação no caso das cadeiras do estádio Almeidão na época em que era secretário de esportes do governo de Cássio, o seu pai.

Na semana passada, à Arapuan FM, Pedro contestou a decisão do juiz Adilson Fabrício. Para o tucano, a contratação das cadeiras foi regular e que “não existe o que falar”.

“É algo que remonta para o ano de 2009. A condenação do deputado Ruy Carneiro é de uma suposta propina, de um suposto contrato de compra de cadeira dos estádios Almeidão e Amigão; as cadeiras foram compradas e recontadas”, defendeu Pedro.

João, diferente de Ruy, sequer foi denunciado sobre as acusações de Pedro relacionadas a Operação Calvário. Para Pedro, no entanto, João fez parte de um esquema; Ruy, que foi condenado em 1º grau, não fez.

Ao reverberar uma seletividade de justiça, que soa como demagogia, Pedro trabalha contra Ruy. Afinal, o eleitor de João Pessoa que não é nada bobo, se questiona: o discurso de moralidade só vale quando convém?