O advogado paraibano Marko Venício dos Santos Batista usou as redes sociais para desabafar sobre a nomeação de outro candidato em seu lugar no concurso da Procuradoria do Recife. Único classificado como pessoa com deficiência (PCD) na primeira homologação do certame, ele afirma ter sido excluído por decisão da Prefeitura do Recife, que nomeou um concorrente reclassificado três anos após o edital.
“Confesso que recebi essa notícia com um forte sentimento de injustiça, pois, a meu ver, essa medida afronta princípios básicos que deveriam garantir segurança a todos, como a vinculação ao edital, a impessoalidade e a isonomia”, escreveu.
Lucas Vieira Silva, nomeado na vaga, é filho da procuradora Maria Nilda Silva, do Ministério Público de Contas de Pernambuco. Ele participou do concurso de 2022 como candidato da ampla concorrência, na 63ª posição, mas em 2025 apresentou um laudo de Transtorno do Espectro Autista (TEA) e foi reclassificado como PCD. A mudança foi homologada pelo prefeito João Campos (PSB), mesmo após parecer técnico contrário da Procuradoria-Geral do Município, que alertou para descumprimento do edital e riscos à isonomia.
“Diante dos fatos, foram adotadas as medidas legais cabíveis, restando agora aguardar a apreciação do Poder Judiciário”, concluiu Marko.
Confira: