Após a crise provocada pelo secretário de Turismo, Vitor Hugo Castelliano (Avante), sobre pessoas em situação de rua, a Prefeitura de João Pessoa reforçou, nesta sexta-feira (17), a divulgação de dados e ações voltadas à segurança alimentar da população em vulnerabilidade social.
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A fala do auxiliar causou repercussão negativa, expôs a gestão a críticas e levou o Ministério Público da Paraíba a instaurar um procedimento investigativo, que inclui a intimação do prefeito Cícero Lucena (sem partido) e do próprio secretário.
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Em meio à crise de imagem, a Secretaria de Desenvolvimento Social (Sedes) divulgou um balanço destacando a distribuição de 1,2 milhão de refeições entre janeiro e setembro de 2025 nos equipamentos públicos mantidos pela Prefeitura.
As ações envolvem os Restaurantes Populares do Varadouro e Mangabeira, além de seis Cozinhas Comunitárias em funcionamento nos bairros Novais, Gervásio Maia, Taipa, Timbó, Bela Vista e Jardim Veneza.
As cozinhas, que funcionam por meio do programa ‘Bora Comer’, oferecem almoço e jantar gratuitos e também atuam como espaços de convivência e qualificação social. Até setembro, foram servidas 685 mil refeições apenas nesses equipamentos. A gestão anunciou ainda a construção de quatro novas unidades nos bairros de Mandacaru, Cruz das Armas, Alto do Mateus e Complexo Beira Rio.
Nos Restaurantes Populares, foram ofertadas 515 mil refeições ao preço simbólico de R$ 1, com cardápio balanceado e acompanhamento nutricional. Uma nova unidade está sendo construída no Castelo Branco, com foco em estudantes universitários em situação de vulnerabilidade.
Além das refeições prontas, a Prefeitura também destacou a entrega de 350 toneladas de alimentos por meio do Banco de Alimentos, beneficiando famílias e instituições sociais. O programa ‘Pão e Leite’, outro eixo da política de assistência, atende 14 mil famílias com R$ 70 mensais para compra de alimentos em 135 estabelecimentos credenciados.
Para a secretária de Desenvolvimento Social, Norma Gouveia, os dados reafirmam o papel da gestão no combate à fome.
“Cada refeição servida representa um cuidado com a vida das pessoas e com o futuro das nossas comunidades”, afirmou.