O fisioterapeuta detido nesta sexta-feira (4) dentro de uma clínica no bairro de Tambaú, em João Pessoa, se defendeu da acusação de tentativa de filmagem no banheiro feminino. Ele foi conduzido à Central de Polícia após uma paciente perceber um celular posicionado de forma suspeita e apontado para a área interna do banheiro, onde estava sua filha.
Na tarde desta sexta-feira (4), o profissional falou à imprensa e apresentou a sua versão dos fatos. Ele confirmou que o aparelho era seu, mas negou qualquer intenção criminosa.
“Fui no banheiro, estava no meu expediente de trabalho. Fui no banheiro, lavei as mãos, deixei o telefone lá na pia e fui atender uma paciente lá dentro. No momento que eu voltei para buscar o telefone, tinha uma usuária dentro do banheiro. Ela já saiu me acusando, dizendo que tinha gravado, sendo que eu iria buscar.”
Ao ser questionado por que havia deixado o aparelho no local, ele respondeu:
“Deixei de propósito porque depois eu ia buscar novamente. Entendeu? Não deixei para filmar nada, não. Até porque atender um paciente com o telefone é falta de ética, falta de respeito.”
Durante a entrevista, ele reafirmou que não tinha a intenção de espionar ou registrar imagens no banheiro:
“Eu ia até falar: ‘moça, no banheiro não, esse banheiro nem está funcionando’. Mas quando voltei, já estava fechado.”
Sobre os arquivos armazenados no celular, o fisioterapeuta disse que o aparelho continha apenas vídeos relacionados a seu trabalho:
“Estava com as fitas do atendimento da paciente.”
Por fim, afirmou que está disposto a colaborar com a investigação e alegou estar sofrendo com o constrangimento da exposição pública:
“Estou aqui para esclarecer os fatos com o delegado. Todo constrangimento que eu estou passando também… assim que eu tiver minha defesa, eu vou correr atrás. Consciência limpa, meu amigo.”
O caso segue sendo investigado pela Polícia Civil. O celular foi apreendido. Já o fisioterapeuta foi liberado.