O suplente de senador André Amaral (União Brasil) reuniu, nesta terça-feira (25), no Hotel Tambaú, em João Pessoa, políticos locais e o ministro do Turismo, Celso Sabino, em um encontro para fortalecer a posição da Ampar, empresa da qual é sócio e que disputa judicialmente o direito de revitalizar o local contra o grupo potiguar A. Gaspar. Os senadores Efraim Filho (União Brasil) e Veneziano Vital do Rêgo (MDB) também participaram.
O ex-deputado André Amaral Filho, que também dirige a Ampar, fez um apelo ao ministro para que use sua influência junto ao Superior Tribunal de Justiça (STJ). “Nós estamos tranquilos, recebemos sua visita aqui como um gesto. O que queremos é que o STJ entenda, e sua presença é muito simbólica, da importância do Hotel Tambaú”, disse.
Celso Sabino destacou o interesse do governo na retomada das atividades do hotel. “As pessoas com quem conversamos, de diversos setores, defendem a reativação do Hotel Tambaú. O governo federal tem um fundo chamado Fungetur, que investiu mais de R$ 1 bilhão no ano passado para apoiar empreendedores na retomada de suas atividades pós-pandemia”, afirmou.
O senador Efraim Filho também defendeu a revitalização do empreendimento. “Tenho certeza que essa parceria com o ministro Celso faz com que a Paraíba ganhe. O papel do homem público é utilizar seu espaço de poder para transformar benefícios para a coletividade.”
Entenda a disputa judicial
O impasse pelo Hotel Tambaú começou em outubro de 2020, quando o imóvel foi leiloado. A construtora A. Gaspar venceu com um lance de R$ 40,02 milhões, mas desistiu dias depois. Com isso, Ruy Galdino Filho, que havia ofertado R$ 40 milhões, foi declarado vencedor. No entanto, ele alegou erro no sistema e afirmou que seu lance correto seria de R$ 15 milhões. Posteriormente, firmou um acordo com a Ampar e manteve a proposta de R$ 40 milhões.
A Justiça do Rio de Janeiro anulou o leilão e determinou um novo certame em fevereiro de 2021, vencido pela A G Hotéis e Turismo S/A, ligada à A. Gaspar, por R$ 40,6 milhões. No entanto, a Justiça considerou a decisão indevida, pois já havia um vencedor na primeira disputa. A A G Hotéis recorreu, mas perdeu em primeira e segunda instância.
Atualmente, a Ampar Hotelaria e Participações é considerada proprietária do Hotel Tambaú, tendo pago os R$ 40 milhões e obtido posse reconhecida judicialmente. A A G Hotéis tenta reverter a decisão no STJ, onde o relator do caso é o ministro Marco Buzzi.
