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Meta passa a permitir que usuários classifiquem gays e trans como ‘doentes mentais’

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Mark Zuckerberg anunciou hoje que iria flexibilizar restriçnoes — Foto: Kent Nishimura/Bloomberg
Maurílio Júnior

A Meta, dona de plataformas como Instagram, Facebook e Threads, anunciou nesta terça-feira (7/1) mudanças em suas Diretrizes da Comunidade que permitem a publicação de conteúdos associando a identidade de gênero ou orientação sexual a “doenças mentais”. A alteração foi feita especialmente em relação a temas de gênero e agora autoriza debates religiosos e políticos que envolvam questões como “transgenderismo” e homossexualidade, permitindo que tais tópicos sejam discutidos sem restrições.

A mudança, que coincide com um anúncio de Mark Zuckerberg sobre o relaxamento de regras para combater desinformação, também libera discussões sobre a exclusão de pessoas trans e gays em profissões específicas, como serviços militares e educacionais, baseadas em crenças religiosas. A decisão gerou críticas, com especialistas alertando para o risco de impulsionar discursos de ódio e discriminação, algo que já é tratado com rigor pelo Supremo Tribunal Federal (STF) no Brasil, que reconheceu a homotransfobia como crime.

Além disso, a Meta também eliminou restrições sobre alegações de que determinados grupos, como os chineses, seriam responsáveis pela disseminação do coronavírus, permitindo agora esses tipos de associações. A empresa, no entanto, ainda proíbe discursos desumanizantes e ataques diretos a grupos protegidos, como os relacionados à raça, etnia ou aparência física.