análise

Opinião: é preciso zelar pela boa imagem do São João de Campina Grande

por Maurílio Júnior

João Pessoa (PB)

A marca “O Maior São João do Mundo” é poderosa e reconhecida globalmente. Dispensa comentários. E é preciso zelar por uma história de 41 anos. Não são 41 dias.

É necessário que parceiros associados a ela carreguem uma enorme responsabilidade. A escolha de patrocinadores é uma decisão crucial que, obviamente tem como objetivo o impacto financeiro, mas também afeta a imagem e a credibilidade do evento.

Nos últimos anos, a festa foi patrocinada por empresas como Braiscompany e Vai de Bet, ambas envolvidas em escândalos de lavagem de dinheiro e alvo de operações policiais.

E convenhamos, nem precisaria das operações policiais para suspeitar que o dinheiro ali distribuído é de origem duvidosa.

A ligação do São João de Campina Grande com estas empresas levou a diversas piadas nas redes sociais, na manhã desta quinta-feira (04/09), com a deflagração da operação “Integration”.

Uma delas é a de que basta patrocinar o São João de Campina Grande, que a polícia baterá na porta.

Não pode.

O patrocínio por empresas de “conceito duvidoso” não só arrisca manchar a reputação do evento, mas também pode diminuir a confiança do público e dos turistas, que podem associar o evento a interesses ilícitos.