análise

Pedro, um jovem com raiva permanente

Por Maurílio Júnior

Pedro Cunha Lima (Foto: Maurílio Júnior)

O ex-deputado federal Pedro Cunha Lima (PSDB) justificou a sua postagem de ontem à noite contra o deputado estadual Tovar Correia Lima (PSDB) por conta de um aperto de mão ao governador João Azevêdo (PSB) em um evento institucional.

Ao jornalista Wallison Bezerra, Pedro falou que publicou a mensagem em um “momento de raiva” ao se dizer “decepcionado” com o aperto de mão de Tovar a João. “Postei na hora da raiva. Apaguei depois porque vi que tinha exagerado. Errei”, afirma.

Ao rebater o ataque que recebeu, Tovar se disse uma pessoa “feliz, alegre, pra cima”, em um direto contraponto a Cunha Lima.

A verdade é que a raiva de Pedro é um sintoma permanente. Herdeiro de uma das grandes famílias política da Paraíba, o ex-deputado sempre teve tudo do bom e do melhor na vida.

Em 2014, ganhou um mandato de deputado federal pela força do seu pai. Foi candidato a governador em 2022 e deu trabalho ao governador reeleito João Azevêdo no segundo turno. Apesar de tudo aparentemente conspirar a favor de Pedro, o jovem político sempre aparece com semblante fechado, com raiva mesmo.

Escrevo isso com preocupação, porque vejo em Pedro, apesar de discordar do seu discurso muitas vezes demagogo, um quadro com potencial.

Pedro precisa ser mais Pedro para se curar da raiva.