O recuo de Lígia e o gosto amargo para os pessebistas

A decisão da vice-governadora Lígia Feliciano de topar novamente abraçar o projeto de poder do PSB não foi uma tomada das mais fáceis, ainda que não recaia sobre ela nenhuma crítica direcionada aos pessebistas enquanto pré-candidata ao governo. Ao contrário, sobraram elogios ao modelo de gestão do governador Ricardo Coutinho.

Lígia levou até aos 45 minutos do segundo tempo a condição de pré-candidata ao governo. Sem nenhuma aliança desenhada, chegou a ter 9% das intenções de votos nas pesquisas internas. Uma postulação que causara dificuldades no crescimento de João Azevedo durante a pré-campanha. Para o segundo turno, seria cobiçada por todos os lados.

Não teria nada a perder, não fosse a reeleição do marido Damião Feliciano à Câmara Federal. Sem coligação, o deputado teria enormes barreiras para renovar o seu mandato, sobretudo depois do governador implodir os apoios do parlamentar. O casal optou por recuar diante do empecilho, com Lígia mais uma vez tentando chegar a vice-governadoria.

Recuo para uns, gosto amargo para outros. Coutinho e comandados tiveram que engolir as pilhérias feitas ao casal Feliciano, sob o risco de chegar a convenção deste sábado sem chapa formada. De ilegítima a desleal. Não foram poucas as cobras e lagartos soltas do dia 7 de abril até o derradeiro 4 de agosto.

Na selva política o instinto de sobrevivência falou mais alto para pessebista e pedetistas.

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