Não, não é uma pilhéria, nem uma exaltação ao empresário Artur Bolinha, com quem não tenho simpatia de ordem política. Talvez uma constatação.
Empresário bem-sucedido em Campina Grande, Bolinha já disputou algumas vezes o cargo de prefeito da cidade que tanto ama. Nunca chegou nem perto.
Bolinha já foi presidente da Câmara dos Dirigentes Lojistas de Campina e agora toma conta dos destinos do Treze Futebol Clube, um patrimônio da cidade.
Sempre muito elogiado pela sociedade campinense, Artur nunca conseguiu traduzir a sua competência em votos.
No último sábado (08.abr.2023), Bolinha viveu a glória com o título paraibano do Galo da Borborema. Na boca dos trezeanos, não se fala no treinador, nem no craque do time, quem está com moral mesmo é o dirigente.
Ele pegou um Treze quebrado financeiramente e destruído moralmente. A sua gestão priorizou as contas em dia, fez um time considerado barato, abaixo dos rivais, e terminou o torneio com o título.
Bolinha, de fato, merece o reconhecimento dos torcedores pela gestão administrativa que realiza.
No espectro político, Bolinha faz parte da chamada direita, é defensor do ex-presidente Jair Bolsonaro, a exemplo do ex-prefeito e do atual prefeito de Campina Grande.
Se é competente, administra bem e está posicionado politicamente no mesmo campo da maioria da cidade, por que Bolinha nunca foi reconhecido nas urnas?
A resposta, para mim, parece simples: faltam um ‘sobrenome’ e uma herança política.