Território Livre: com só mulheres presas, advogado critica “exército” da PF contra “senhoras indefesas”

Em uma sessão marcada por fortes declarações, o advogado Aécio Farias, que representa a defesa de investigadas na Operação Território Livre, manifestou nesta segunda-feira sua insatisfação com a decisão da juíza Maria de Fátima Lúcia Ramalho, da 64ª Zona Eleitoral de João Pessoa, que prorrogou o prazo para a conclusão do inquérito da Polícia Federal. A operação investiga a influência do crime organizado nas eleições da capital paraibana.

Durante sustentação oral no Tribunal Regional Eleitoral da Paraíba (TRE-PB), Farias criticou a extensão do prazo, apontando falhas na atuação da Polícia Federal. Segundo ele, a PF tem demonstrado dificuldade em analisar os materiais apreendidos, apesar de utilizar, nas palavras do advogado, um “exército” para realizar os mandados de busca e prisão.

“A incapacidade de analisar essas provas… mas na hora de levar [para cumprir os mandados], aí vem todo um exército e vai prender uma senhora indefesa, até com balaclava. Não é todo o exército que vai prender uma senhora… Agora, para examinar dois ou três celulares que são apreendidos, precisa de 25 dias de prazo?”, declarou Aécio, de forma irônica, ressaltando o que ele considera uma desproporção na atuação policial.

A operação Território Livre, que já está em sua terceira fase, tem como foco a investigação de relação do crime organizado com candidatos nas eleições deste ano. Até o momento, todas as presas no âmbito da operação são mulheres, entre elas a vereadora Raíssa Lacerda (PSB) e Lauremília Lucena, primeira-dama de João Pessoa e esposa do prefeito Cícero Lucena (PP), que concorre à reeleição.

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