Liderados por Jackson, dirigentes do PT na Paraíba reagem contra candidatura de Cartaxo

Luciano Cartaxo e Jackson Macêdo (Foto: Divulgação)

Um grupo de dirigentes do PT paraibano reagiu contra a homologação do PT em torno do deputado estadual Luciano Cartaxo como pré-candidato do partido à Prefeitura de João Pessoa.

Em nota divulgada na manhã desta terça-feira (02/07), os dirigentes afirmam que a candidatura de Luciano “não representa o projeto petista e não cumprirá o papel de enfrentar fortemente a extrema-direita”.

“A imposição de uma candidatura que não respeita as regras e as instancias locais do PT, sem diálogo com a esquerda e os setores progressistas, não será capaz de unificar o PT em João Pessoa, muito menos empolgar a militância e aqueles que têm a esquerda e o Governo Lula como referências”, acrescenta.

Entre os outros nomes que assinam a carta está o do presidente do PT na Paraíba, Jackson Macêdo, e do PT de João Pessoa, Marcus Túlio, que defendiam aliança com o prefeito Cícero Lucena (PP), pré-candidato a reeleição.

Confira a nota completa:

O Partido dos Trabalhadores tem um grande desafio nas próximas eleições municipais. Será um momento muito importante para aferirmos a situação política do Brasil e o nível de embate com os setores conservadores e da extrema-direita. Para tanto, é necessário que a condução política tenha como estratégia a consolidação do projeto nacional, assim como agentes políticos capazes de unificar o partido nos milhares de municípios do país. Dessa forma, a participação das instâncias municipais, estaduais, grupos políticos locais, setoriais, tendências, agrupamentos e a militância petista são fundamentais para que o projeto seja colocado em prática. Para a definição dos candidatos do nosso partido nos municípios, um calendário de atividades, encontros e prévias estavam previstos. Mesmo sendo da nossa Direção Nacional a “última palavra” sobre tal posição. Porém, infelizmente, nem o direito estatutário da “primeira palavra” ou de opinar, foi garantido as instancias locais do PT de João Pessoa. Tudo isso, divide o partido, além de enfraquecer e desestimular nossa militância. Logo, no momento em que a candidatura a prefeito de João Pessoa é definida sem considerar a estratégia política nacional, a participação democrática das instâncias (estadual e municipal) a opinião dos filiados, além de nossas regras estatutárias, fica evidente que tal candidatura não representa o projeto petista e não cumprirá o papel de enfrentar fortemente a extrema-direita. A imposição de uma candidatura que não respeita as regras e as instancias locais do PT, sem diálogo com a esquerda e os setores progressistas, não será capaz de unificar o PT em João Pessoa, muito menos empolgar a militância e aqueles que têm a esquerda e o Governo Lula como referências. Por fim, ao tempo em que acatamos a deliberação nacional, reafirmamos nosso compromisso com as transformações que Lula busca promover no Brasil. Mas é importante alertar que candidaturas impostas e que não representam os filiados do PT se configuram num erro tático que enfraquece o projeto nacional, podendo acarretar em consequências graves para o nosso partido.

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