Após repercussão negativa, o prefeito do Recife, João Campos (PSB), nomeou o advogado paraibano Marko Venício dos Santos Batista para o cargo de procurador judicial, conforme consta em portaria publicada no Diário Oficial nesta quarta-feira (31). Marko havia sido aprovado em vaga destinada a pessoa com deficiência (PCD), mas foi preterido por outro candidato reclassificado três anos após o concurso.
Entenda: o desabafo do paraibano excluído após João Campos nomear filho de procuradora em vaga de concurso
A reviravolta no caso ocorreu com a publicação de outra portaria, a nº 22, assinada pelo procurador-geral do município, Pedro Pontes, que tornou sem efeito o Edital nº 10, de 19 de dezembro de 2025, o qual havia promovido a reclassificação e consequente nomeação de Lucas Vieira Silva, filho da procuradora Maria Nilda Silva, do Ministério Público de Contas de Pernambuco.
Lucas havia participado do concurso como candidato da ampla concorrência, ficando em 63º lugar. No entanto, em 2025, apresentou um laudo médico atestando Transtorno do Espectro Autista (TEA) e foi reclassificado como PCD, o que levou à sua nomeação. A decisão contrariou parecer técnico da própria Procuradoria-Geral do Município, que advertia que o procedimento violava o edital e princípios de isonomia e segurança jurídica.
Com a nova portaria, a homologação de 2023 volta a ter validade, o que restabelece a ordem de classificação original, na qual Marko era o único aprovado como PCD.
