O caso dos turistas do Mato Grosso agredidos na praia de Porto de Galinhas, em Pernambuco, após uma discussão sobre o valor cobrado pelo uso de cadeiras, serve como alerta para João Pessoa, Cabedelo e toda a faixa litorânea da Paraíba.
De acordo com os turistas, eles se recusaram a pagar um valor superior ao que havia sido previamente combinado com os vendedores. A situação gerou agressões físicas, constrangimento e repercussão nacional.
O episódio é um alerta por aqui, porque nos últimos dois ou três anos temos noticiado, especialmente em João Pessoa e Cabedelo, a ocupação irregular da faixa de areia por bares, residenciais de luxo e, principalmente, por ambulantes.
Há uma apropriação indevida de áreas públicas no litoral paraibano. Em diversas ocasiões, frequentadores relatam abordagens agressivas, preços abusivos e a sensação de que precisam “negociar à força” por um espaço que é público e deveria ser livre para todos.
Casos como o de Porto de Galinhas já vêm ocorrendo na Paraíba, ainda que em menor gravidade. No caso dos turistas do Mato Grosso, eles afirmaram que não querem nunca mais pisar no estado vizinho – com razão. Que, por aqui, não tenhamos que presenciar o mesmo.