Uma cidade do interior do Maranhão passou a ser administrada interinamente por um vereador que cumpre prisão domiciliar. Trata-se de Turilândia, a cerca de 157 km de São Luís. Com o afastamento e a prisão do prefeito Paulo Curió (União Brasil) e da vice-prefeita Tânya Mendes (PRD), o presidente da Câmara Municipal, José Luís Araújo Diniz, conhecido como Pelego (União Brasil), assumiu o comando do Executivo local.
A posse de Pelego foi formalizada por portaria publicada no Diário Oficial após decisão do Tribunal de Justiça do Maranhão, que reconheceu a vacância temporária dos cargos. O parlamentar, no entanto, é alvo da Operação Tântalo II e só pode deixar sua residência para participar de sessões da Câmara previamente marcadas, conforme decisão judicial.
A operação investiga uma organização criminosa que teria desviado mais de R$ 56 milhões de recursos públicos da Saúde e Assistência Social entre 2021 e 2025. Além do prefeito, da vice e de Pelego, também são investigados empresários, servidores, dez vereadores e um ex-vereador. Entre os presos estão ainda a primeira-dama Eva Curió e a ex-vice-prefeita Janaina Lima.
Com Pelego na chefia interina do Executivo, a presidência da Câmara passou provisoriamente para a vice-presidente da Casa, vereadora Inailce Nogueira Lopes, que também cumpre prisão domiciliar. Ambos seguem com liberdade restrita, podendo ter a medida revogada em caso de descumprimento das determinações judiciais.