O presidente Lula (PT) anunciou, nesta quarta-feira (17), que o ministro do Turismo, Celso Sabino, deixará o cargo. O União Brasil, partido que indicou Sabino, pediu o cargo após o ministro ser expulso de partido.
Para a vaga, o nome mais cotado é o do paraibano Gustavo Feliciano, ex-secretário de Turismo e Desenvolvimento Econômico da Paraíba e filho do deputado federal Damião Feliciano (União Brasil).
Segundo a Folha de São Paulo, a articulação foi conduzida por um grupo governista dentro da bancada do União Brasil, com o apoio de cerca de 20 deputados.
A indicação conta com aval de lideranças como o deputado Pedro Lucas Fernandes (MA), Juscelino Filho (MA) e do próprio Damião Feliciano. A escolha também teve o consentimento do presidente da legenda, Antônio Rueda, apesar de aliados afirmarem que ele não participou diretamente da escolha.
A nomeação de Gustavo Feliciano representa uma retomada do protagonismo da Paraíba no primeiro escalão federal. A articulação em torno de seu nome começou há cerca de 20 dias, com apoio do Palácio do Planalto, que via desgaste na permanência de Sabino no governo.
A saída do ministro foi anunciada por Lula durante reunião ministerial na Granja do Torto. Segundo o presidente, todos os ministros que pretendem disputar cargos em 2026 devem deixar os postos até abril, mas a situação de Sabino foi antecipada após pressão da legenda. O governo desejava um nome com melhor trânsito entre os deputados do União Brasil.
Sabino foi expulso após conflito com Rueda, agravado por comentários feitos pelo ministro sobre investigações contra o presidente do partido. A ruptura resultou na dissolução do diretório do União Brasil no Pará, estado de origem de Sabino.