O ex-prefeito de Cabedelo e atual secretário de Turismo de João Pessoa, Vitor Hugo (Avante), se manifestou nesta segunda-feira (1º), em vídeo nas redes sociais, após a repercussão de sua aparição pública ao lado do vereador e presidente da Câmara, Edvaldo Neto (Avante), durante a comemoração do título do Flamengo, no último sábado (29). Os dois assistiram juntos à final da Libertadores, no momento em que Edvaldo está prestes a assumir interinamente a Prefeitura de Cabedelo, após a cassação do mandato de André Coutinho (Avante) e da vice-prefeita Camila Holanda (PP).
A decisão do Tribunal Regional Eleitoral da Paraíba (TRE-PB) cassou os mandatos e declarou a inelegibilidade de André e Camila por abuso de poder político, além do próprio Vitor Hugo, pré-candidato a deputado estadual. A Justiça entendeu que o então prefeito Vitor Hugo, ao nomear pessoas supostamente ligadas ao crime organizado em cargos da administração municipal em 2024, influenciou o processo eleitoral e beneficiou diretamente a candidatura de André. As investigações foram conduzidas pela Polícia Federal.
Com a cassação do prefeito e da vice, o presidente da Câmara, Edvaldo Neto, pode assumir a chefia do Executivo municipal e, caso o TSE mantenha a decisão, Cabedelo terá eleições suplementares. Nesse cenário, Edvaldo poderá ser candidato já sentado na cadeira de prefeito.
Após a repercussão da imagem ao lado de Edvaldo, Vitor Hugo publicou um vídeo nesta segunda-feira, afirmando que continuará próximo de seus amigos, mesmo que eles não estejam mais alinhados com André Coutinho. Também indicou que pode participar ativamente de uma nova campanha.
“Se houver novas eleições, vou me pronunciar em qual lado ficarei, vou para rua pedir votos, enquanto tiver força e acreditar que o projeto de Cabedelo de crescimento pode continuar. Digo a vocês, só estarei ao lado de quem eu esteja ao seu lado”, declarou Vitor Hugo.
A fala é uma sinalização de apoio a Edvaldo Neto, que pode se tornar o candidato apoiado pelo ex-prefeito, agora sem André Coutinho.
A defesa de André Coutinho alega que ele não teve participação direta nas nomeações questionadas pela Justiça Eleitoral e anunciou recurso ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
