A bancada de oposição na Câmara Municipal de Campina Grande protocolou nesta quarta-feira (12) um novo pedido de Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para apurar possíveis irregularidades em contratos da Secretaria Municipal de Saúde. O foco da denúncia está na contratação da empresa Lavamedi Pro Serviços, aberta em dezembro de 2024 e que, segundo dados do Sagres/TCE, já recebeu R$ 3,2 milhões da gestão em 2025.
A empresa tem como administradora Elayne Mariano Oliveira, esposa de Gustavo Rocha de Oliveira, ex-chefe de gabinete do vice-prefeito Alcindor Villarim. Gustavo foi exonerado após a repercussão do caso, em ato publicado no Semanário Oficial. Segundo a Prefeitura, a demissão foi uma medida de “cautela” para permitir a apuração dos fatos. Não há denúncia formal nos órgãos de controle, de acordo com a nota oficial.
O pedido de CPI foi assinado por 12 vereadores. Eles destacam que, além da ligação familiar entre o servidor exonerado e a empresa contratada, há indícios de favorecimento e vínculo com outras empresas fornecedoras de serviços públicos à gestão municipal.
A oposição já havia protocolado, no mês passado, outro pedido de CPI sobre a crise na Saúde, marcada por embates entre o prefeito Bruno Cunha Lima (União Brasil) e o empresário Dalton Gadelha, do Hospital Help.