O Ministério Público Federal (MPF) foi acionado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para analisar a possibilidade de abrir uma investigação criminal contra o ex-candidato a prefeito de Campina Grande, Artur Bolinha (NOVO). A medida ocorre após a Corte eleitoral ter multado o político em R$ 30 mil por propaganda irregular envolvendo um gesto associado à simbologia da supremacia branca.
Caso a Procuradoria-Geral da República identifique indícios suficientes, o procedimento pode resultar em denúncia criminal, o que abriria caminho para que Artur Bolinha responda judicialmente pelo ato, ocorrido durante o período eleitoral de 2024. Até o momento, o MPF não se manifestou oficialmente sobre o andamento da análise.
O PSOL, partido que denunciou o conteúdo da campanha, informou que está monitorando a situação e se comprometeu a manter a sociedade e a imprensa atualizadas sobre qualquer avanço nas apurações. A legenda classificou o gesto como incompatível com os princípios democráticos e os direitos humanos.
O TSE já decidiu pela penalização eleitoral, considerando que o gesto utilizado por Artur Bolinha em vídeo de campanha veiculado em 2024 remete a símbolos reconhecidos como ligados a movimentos de ódio racial, o que fere o ordenamento jurídico e os valores da democracia.