A primeira reunião presencial entre os presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Donald Trump, realizada em Kuala Lumpur, na Malásia, contrariou expectativas de confronto. Apesar da torcida de aliados de Jair Bolsonaro por um constrangimento público, como o que Trump protagonizou com o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, e com o presidente da África do Sul, Cyril Ramaphosa, o que se viu foi um clima amistoso, com trocas de elogios e declarações positivas.
Trump, que busca acordos estratégicos com o Brasil em áreas como alimentação, tecnologia e matérias-primas, evitou qualquer tom hostil. Durante coletiva, afirmou: “Nós nos damos muito bem”, “temos muito respeito pelo seu presidente”, “temos muito respeito pelo Brasil”, “vamos fazer negócios”, “é uma grande honra estar com o presidente do Brasil”, “eu acho que o Brasil está indo bem”, “seremos capazes de fazer alguns bons negócios”, “vamos ter um bom relacionamento”, “chegaremos a uma conclusão [sobre as tarifas] rapidamente”.
Questionado sobre Jair Bolsonaro, Trump disse que se “sente mal” por ele, mas evitou comentários mais profundos, sinalizando que o tema é secundário. O ex-presidente brasileiro tem sido mencionado em cartas como motivo de sanções dos EUA ao Brasil, tema que Lula rebateu dizendo que o julgamento respeitou o devido processo legal.