A vereadora Eliza Virgínia (PP) protestou nesta quinta-feira (23) na Câmara Municipal de João Pessoa, um dia após decisão judicial que ordenou a remoção de vídeos publicados por ela nas redes sociais. No plenário, ela cobriu a boca com a mão, se amordaçando simbolicamente, e pediu um minuto de silêncio, afirmando que está sendo impedida de se expressar.
A decisão foi proferida pelo juiz Gustavo Procópio, da 2ª Vara Cível de João Pessoa, que concedeu tutela de urgência determinando a retirada imediata de vídeos em que a vereadora associa a comunidade LGBTQIA+ a práticas criminosas. A medida cita a veiculação de conteúdo com discurso de ódio.
Durante o discurso, Eliza Virgínia criticou o que chamou de perseguição ideológica. “Eu tenho sido vítima sistemática desse patrulhamento ideológico da esquerda para tentar me calar com processos e tentativas de prisão, mas como eu disse, não me calarei. Eu não provoco, eu reajo”, afirmou.
A vereadora também questionou os limites impostos à atuação parlamentar. “Essa é a atual situação do meu mandato. Eu não tenho mais direito a algumas falas. Nós como parlamentares não estamos tendo direito à nossa imunidade parlamentar. Nós não estamos tendo direito à nossa liberdade de expressão. Tudo que é dito aqui pode ser usado contra nós nos tribunais”, declarou.