A derrubada de coqueiros na manhã dessa segunda-feira (13), em um trecho da faixa costeira de Camboinha, em Cabedelo, na Grande João Pessoa, causou reação de moradores da região.
As árvores, que ajudavam a preservar a vegetação nativa e o equilíbrio ambiental da orla, começaram a ser removidas para a construção de um calçadão urbanizado, com ciclofaixa, paisagismo, iluminação e passarelas ecológicas suspensas.
A intervenção faz parte de um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) firmado entre o Ministério Público Federal (MPF), a Construtora Alliance, a Sudema e a Prefeitura de Cabedelo, como forma de compensação ambiental por danos causados à Área de Preservação Permanente (APP) no maceió de Ponta de Campina, durante a execução de um empreendimento da construtora.
Apesar do objetivo compensatório, moradores questionam a efetividade da medida para preservar o meio ambiente.
“É um contrassenso. Fala-se em proteção da restinga, mas o que se vê é máquina derrubando árvores e pavimentando um ecossistema frágil. O que se chama de urbanização aqui parece mais uma intervenção que ameaça o que resta de natureza na praia”, comentou um dos moradores, em condição de anonimato.
O projeto será executado nas quadras 4 e 5 da orla e está orçado em cerca de R$ 1,2 milhão. O TAC prevê ainda que toda a APP de 30 metros do maceió será revegetada, e que o calçadão respeitará limites legais, com estruturas suspensas e permeáveis para minimizar o impacto ambiental.