O prefeito de Campina Grande, Bruno Cunha Lima (União Brasil), comentou nesta segunda-feira (13) a crise envolvendo a sua gestão com a Fundação Pedro Américo, mantenedora do Hospital HELP, e afirmou que ainda há fatos desconhecidos sobre a situação. Ele evitou citar nomes, mas afirmou que fará declarações que “ajudarão a entender o que está por trás de algumas reações”.
Bruno afirmou que, ao enfrentar interesses, é natural que existam resistências. Segundo ele, o governo municipal tem agido com responsabilidade, principalmente no uso de recursos do Sistema Único de Saúde (SUS).
“Quando isso acontecer, as pessoas vão ter a oportunidade de entender o porquê de alguns destes movimentos. Quando as pessoas souberem a verdade dos fatos, vão poder compreender a razão de tanta raiva”, disse.
“Quando você contraria interesses, naturalmente existem repercussões e algumas pessoas, que não se conformam de ter interesses contrariados, terminam reagindo”, acrescentou.
“Algumas pessoas ainda não se deram conta que tem que prestar contas dos recursos públicos; que os recursos não pertencem a A, B ou C, mas são do SUS e do povo”, continuou.
Na Justiça, a Prefeitura de Campina Grande argumentou que parte do valor cobrado pela fundação — cerca de R$ 42 milhões — não tem comprovação documental, justamente por falta de prestação de contas. Em decisão de primeira instância, a Justiça reconheceu a existência de documentos válidos apenas para o valor de R$ 17 milhões, determinando o repasse imediato dessa quantia.
A crise entre a prefeitura e o hospital se desenrola desde o início deste ano após uma entrevista do empresário Dalton Gadelha, dono do Help. No último mês, Dalton chegou acusar Bruno de ter feito um gesto simbólico que insinuaria desvio de recursos da saúde. A suposta atitude teria ocorrido durante uma reunião entre os dois para tratar da dívida milionária da Prefeitura com o hospital.