O governador João Azevêdo (PSB) inaugurou, na noite desta sexta-feira (3), o Museu de História da Paraíba, novo espaço cultural instalado no Palácio da Redenção, no Centro de João Pessoa. O local passou pela maior restauração já realizada desde sua construção, com investimento superior a R$ 11,5 milhões por parte do Governo do Estado.
As intervenções contemplaram 3.074,80 m² de área, incluindo o prédio principal e o anexo, com modernização completa das redes elétrica, hidráulica, climatização, cabeamento estruturado, acessibilidade, combate a incêndio e segurança. A Casa Militar permanece no local para reforçar a vigilância, junto a um moderno sistema de câmeras e alarme.
Durante a cerimônia, o governador João Azevêdo destacou a importância da cultura como política pública e o simbolismo da entrega do museu para a identidade do povo paraibano:
“O nosso governo tem feito com que a Paraíba receba investimentos na ordem de 80 milhões de reais por ano em cultura. Porque nós entendemos isso. Cultura é o alimento da arte, é da alma. A arte alimenta a alma. A arte existe, já foi dito que a arte existe porque a vida só não basta. E a gente tem que ter o tempo todo essa leitura de que é preciso oferecer isso à nossa população, principalmente no sentido maior da formação da nossa história, da nossa compreensão do que é a sociedade que nós somos. Então, a cultura faz parte disso. Investir constantemente em tudo que nós estamos fazendo… E agora, eu acho que coroa, de certa forma, todos os investimentos da cultura: a devolução ao povo, exatamente do espaço que é do povo.”
Segundo o secretário de Cultura da Paraíba, Pedro Santos, o museu é mais do que um espaço expositivo: é um mergulho completo na identidade do povo paraibano.
“Vai encontrar a história da Paraíba. E eu não tenho medo de dizer isso porque o museu está instalado numa edificação que foi testemunha ocular da história. Além disso, temos arte, com obras de Pedro Américo, Portinari, Di Cavalcanti, Anitta Malfatti e muitos outros. É um espaço que também conta a história das artes plásticas no Brasil”, explicou.
O museu abriga ainda exposições sobre a linha do tempo da Paraíba, jornais históricos e salas dedicadas a grandes ícones da cultura local. Um dos destaques é a ala em homenagem a Ariano Suassuna, que nasceu no Palácio da Redenção.
“Temos dois espaços dedicados a Ariano. O quarto onde ele nasceu, inclusive, foi preservado e trabalhado de forma lúdica. A ideia é dialogar com o público jovem, com espografias baseadas em gibi e quadrinhos para apresentar Ariano à infância”, completou Pedro.
A visitação ao museu já está aberta ao público a partir deste sábado (4), com monitorias gratuitas de terça a domingo, em quatro horários: 9h, 11h, 13h e 15h. Os grupos serão limitados a 50 pessoas e haverá opção de acompanhamento bilíngue para turistas estrangeiros. O museu oferece também mobiliário original restaurado, documentos raros, e um acervo que mistura memória política, história, arte e educação.
“É o tipo de lugar que a gente brinca dizendo: quem sai daqui sai pronto para o Enem, pelo menos no que diz respeito à história da Paraíba”, concluiu o secretário.
