A CPMI que investiga os descontos ilegais em aposentadorias e pensões do INSS aprovou nesta quinta-feira (29) o pedido de prisão do advogado Nelson Wilians.
O pedido será analisado pelo Supremo Tribunal Federal.
Ele é dono do escritório NWADV e é suspeito de ter se beneficiado do esquema bilionário.
Segundo os investigadores, Wilians teria ocultado bens ligados a outros envolvidos, como o empresário Antônio Carlos Camilo Antunes, conhecido como “Careca do INSS”.
Wilians é cidadão paraibano. A homenagem foi aprovada pela Assembleia Legislativa da Paraíba por iniciativa do deputado estadual Walber Virgolino (PL).
Além do pedido de prisão, os parlamentares aprovaram a quebra dos sigilos bancário e fiscal do advogado.
O Coaf também foi acionado para compartilhar relatórios financeiros ligados a ele.
O pedido foi apresentado pelo senador Rogério Correa (PT-MG).
De acordo com o relatório, houve repasses de R$ 28,15 milhões entre empresas ligadas a Maurício Camisotti e o grupo NWADV.
Os documentos apontam ainda que veículos de luxo estavam registrados em nome de empresas de Nelson Wilians, mas eram usados por Antunes, o que levanta suspeitas de ocultação patrimonial e lavagem de dinheiro.
A Polícia Federal chegou a pedir a prisão de Wilians ao STF.
Mas o relator do caso, ministro André Mendonça, negou.
Mesmo assim, segundo o senador Correa, os fundamentos continuam válidos.
“A magnitude da organização criminosa e o prejuízo bilionário causado a milhões de segurados do INSS justificam a medida”, afirmou o parlamentar na representação.