Pelo visto, a história ganhou uma nova versão, só esqueceram de avisar aos fatos. Em um vídeo publicado nas redes sociais, o ex-deputado Pedro Cunha Lima (PSD) afirmou que o Teatro Pedra do Reino foi uma obra do seu pai, o ex-governador Cássio Cunha Lima. O que, com a devida licença, não é verdade.
A construção do teatro, que integra o Centro de Convenções de João Pessoa, foi iniciada e concluída no governo de Ricardo Coutinho. A inauguração oficial ocorreu em agosto de 2015. Antes disso, o máximo que se viu foram promessas e discursos. Nem projeto havia sido executado. E aqui cabe uma ressalva ao ex-governador José Maranhão.
Foi no governo do emedebista, que sucedeu Cássio após a sua cassação na Justiça Eleitoral, que o projeto do Centro de Convenções de João Pessoa foi salvo.
Quando Maranhão assumiu o governo, o projeto vinha enfrentando problemas com o Tribunal de Contas da União, sob suspeita de superfaturamento. Maranhão desbloqueou o projeto e assinou a ordem de serviço.
Em sua publicação, Pedro chegou a dizer que Ricardo apenas “cortou o laço” da inauguração. Um absurdo. Como se o maior equipamento de cultura da Paraíba tivesse brotado do chão, por obra e graça da fita inaugural.
Curiosamente, foi o próprio Ricardo quem homenageou a família Cunha Lima ao batizar o Centro de Convenções com o nome do ex-governador Ronaldo Cunha Lima, avô de Pedro, quando havia uma aliança política entre os envolvidos.
O Teatro Pedra do Reino é mesmo símbolo de cultura, como diz Pedro, e talvez seja bom que a narrativa ao seu redor também se baseie na realidade.
