O presidente da Câmara, paraibano Hugo Motta (Republicanos), escolheu nesta quinta-feira (18) o deputado Paulinho da Força (Solidariedade-SP) como relator do projeto de lei que prevê anistia para os envolvidos nos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023. A proposta teve urgência aprovada na quarta (17) e poderá ser votada diretamente em plenário.
A escolha chama atenção porque o parlamentar já se referiu aos participantes dos atos como “terroristas” e prestou apoio público ao ministro Alexandre de Moraes, do STF, relator das ações penais contra os envolvidos — inclusive Jair Bolsonaro, condenado a 27 anos de prisão. “Nosso apoio ao guardião da democracia”, declarou Paulinho, em agosto de 2024.
O deputado afirmou que buscará diálogo com ministros do STF, como Moraes e Gilmar Mendes, antes de apresentar seu parecer. Segundo ele, o risco de o projeto não ser votado é “zero”. “Tenho uma relação com Moraes desde que ele era advogado”, afirmou.
Paulinho da Força é presidente nacional do Solidariedade e próximo de integrantes do Supremo. O perfil conciliador, porém, contrasta com o desejo de setores da oposição, que pressionam por uma anistia ampla, incluindo Bolsonaro — algo que o projeto original não contempla.