Uma decisão da 4ª Vara da Justiça Federal em Campina Grande, datada de 5 de fevereiro de 2025 e vazada nesta quarta-feira (10/9), aponta suspeita de um esquema bilionário de evasão de divisas e lavagem de dinheiro ligado a apostas online. Sigilos bancários foram quebrados.
O centro das operações seria Campina Grande, com conexões diretas a empresas sediadas em paraísos fiscais, como Curaçao. A principal delas é a PIX STAR BRASILIAN N.V., controladora da casa de apostas Pixbet, do paraibano Ernildo Júnior, que também teve seu sigilo quebrado.
Em um trecho do processo, a investigação revela que a PIX STAR repassou R$ 5,2 milhões ao Corinthians, entre janeiro e junho de 2024, como patrocínio. Em contrapartida, o clube paulista devolveu R$ 15,3 milhões após a rescisão contratual, sinalizando, segundo a investigação, “a presença de meios
complexos de integração do montante remetido ilegalmente ao exterior na economia brasileira”.
Mais de 60 mil pessoas teriam usado a plataforma BRASFICHAS para comprar créditos com reais, que eram convertidos em dólares para apostas no exterior, fora do sistema oficial de câmbio. O processo está sob sigilo e não se sabe em que fase está atualmente.