O prefeito de Cabedelo, André Coutinho (Avante), afirmou neste fim de semana que não tinha qualquer poder de nomeação à época dos fatos investigados na Operação En Passant, da Polícia Federal e do Gaeco, que apura o uso da máquina pública para aliciamento eleitoral com apoio do tráfico.
Segundo o Ministério Público Eleitoral, aliados da gestão municipal foram nomeados em troca de votos em áreas dominadas por facções em 2024. Coutinho, no entanto, lembrou que, naquele período, a prefeitura não era comandada por ele —o prefeito era Vítor Hugo (Avante), também denunciado.
“Qual era o cargo que eu exercia na época?”, questionou o atual prefeito, lembrando que ocupava a presidência da Câmara de Vereadores e não nomeou servidores fora da legalidade. A declaração foi dada em entrevista ao Podcast do Ninja, com Henrique Lima e João Gabriel.
“Em nenhum momento eu nomeei alguém. Eu não tinha poder de nomeação. Não há uma investigação com relação à Câmara. Eu não nomeava ninguém, não demitia ninguém. Quando assumi, exigimos certidão criminal para entrar na prefeitura”, afirmou.
Ao jogar as explicações para Vítor Hugo pelas nomeações, André tenta se defender da cassação do cargo que sofreu em primeira instância da Justiça Eleitoral. Além dele, também foram punidos a vice-prefeita Camila Holanda (PP), vereador Márcio Alexandre (União Brasil) e o ex-prefeito Vitor Hugo (Avante). O prefeito tenta reverter a decisão no Tribunal Regional Eleitoral (TRE-PB).