Convocado a depor na CPMI do INSS, o suplente de deputado federal Leonardo Gadelha (Podemos) negou que, durante sua gestão à frente do órgão (2016-2017), tenham ocorrido indícios de descontos indevidos em benefícios previdenciários. Ele destacou que nenhum órgão de controle interno ou externo – como auditoria, CGU, TCU, Ministério Público ou Polícia Federal – apontou problemas dessa natureza à época.
+: CPMI do INSS convoca paraibanos que já presidiram o órgão para depor
Segundo Gadelha, os acordos de cooperação técnica (ACTs) que permitiam convênios com entidades já existiam desde 1994 e sempre foram reconhecidos como instrumentos legais. Ele citou que firmou parcerias com instituições como a OAB e a Petrobras, sem que houvesse qualquer questionamento formal.
Gadelha destacou a criação do sistema Meu INSS, desenvolvido e implantado em sua gestão. “Foi a Paraíba que entregou o Meu INSS ao Brasil. Essa ferramenta é mais poderosa do que qualquer instrumento de controle interno ou externo, porque dá ao próprio cidadão a chance de acompanhar seu extrato e identificar se há descontos indevidos”, afirmou em entrevista ao Fala Norte, da Norte FM.
Para Leonardo Gadelha, a plataforma trouxe transparência e autonomia aos aposentados e pensionistas: “Não precisa de CGU, TCU ou PF. Todo brasileiro pode acessar o Meu INSS e verificar seu extrato. Se não autorizou, sabe imediatamente que o desconto é indevido.”
A CPMI do INSS iniciou os trabalhos nesta terça-feira, 26, em decorrência das investigações da Operação Sem Desconto, da Polícia Federal, que revelou fraudes bilionárias em descontos indevidos de aposentadorias e pensões.