A Justiça manteve a prisão de Iago Morais Cunha Lima, acusado de descumprir medida protetiva de urgência contra sua ex-companheira.
A juíza Francilene Lucena Melo Jordão converteu a prisão em flagrante em prisão preventiva, durante audiência de custódia realizada nesta terça-feira (19), em Campina Grande.
Iago foi preso por suposta prática de violência doméstica, incluindo perseguição e ameaças, configurando o crime de stalking, além do artigo 24-A da Lei Maria da Penha.
Segundo a magistrada, há indícios suficientes de autoria e materialidade. A decisão destaca a reiteração de condutas abusivas, o desrespeito a ordem judicial e o risco concreto à integridade física e psicológica da vítima.
“O descumprimento de medida protetiva representa não só a continuidade da violência, mas verdadeira tentativa de neutralizar a proteção estatal conferida à mulher”, escreveu a juíza.
Ainda segundo a decisão, medidas cautelares alternativas foram consideradas insuficientes diante do histórico de ameaças e perseguição.
Foi autorizada a quebra do sigilo de dados do celular de Iago, bem como o acesso a conteúdos de redes sociais como Instagram e Facebook, com o objetivo de aprofundar as investigações.