“Defendo até que se prove o contrário”, diz comandante da PM sobre policiais presos por suspeita de chacina na Paraíba

Sérgio Fonseca afirmou que prisões são temporárias e que há presunção de inocência
COMPARTILHE:
sergio fonseca
Comandante-geral da PM, Coronel Sérgio Fonseca

Cinco policiais militares da Paraíba foram presos, na manhã desta segunda-feira (18), suspeitos de envolvimento na morte de cinco pessoas no município de Conde, em fevereiro deste ano. A operação “Arcus Pontis”, coordenada pelo Ministério Público da Paraíba (MPPB), cumpriu seis mandados de prisão temporária e seis de busca e apreensão. Um dos policiais alvo da operação está fora do país.

Em entrevista à TV Correio, o comandante-geral da Polícia Militar da Paraíba, coronel Sérgio Fonseca, afirmou que respeita e cumpre as decisões da Justiça, mas ressaltou que a prisão temporária não representa condenação. “É uma medida judicial. Não tenho dúvida de que a Justiça dará todo o direito de defesa aos nossos policiais militares”, disse.

Fonseca também contextualizou o caso, apontando que, no dia da ocorrência, houve o assassinato da mãe de um homem conhecido como Luquinha, que teria reunido outros quatro membros de facção para cometer um atentado de vingança. “Todos tinham passagens pela Justiça. Foram matar o autor do crime contra a mãe de um deles”, relatou.

O comandante destacou ainda que os policiais envolvidos são reconhecidos pela corporação como operacionais e experientes. “A Força Tática do 5º Batalhão já apreendeu 127 armas só este ano. Defendo os policiais militares até que se prove o contrário. Eu nem sou covarde, nem sou frouxo”, declarou.

Apesar da defesa à tropa, Fonseca reconheceu o papel da Polícia Civil na investigação, afirmando que os laudos e o inquérito foram conduzidos com responsabilidade. “Confio na serenidade da nossa Polícia Civil. A Justiça e o Ministério Público vão dar oportunidade de ampla defesa.”

Segundo a PM, o caso segue sendo apurado com transparência. A corporação reiterou que, se houver crime comprovado, os responsáveis deverão responder. “Mas, até lá, vigora a presunção da inocência”, concluiu o comandante.

COMPARTILHE:

Deixe o seu comentário

Anterior
Justiça garante R$ 16 milhões para pagamento de trabalhadores demitidos na Paraíba

Justiça garante R$ 16 milhões para pagamento de trabalhadores demitidos na Paraíba

Ação do sindicato resultou no bloqueio judicial para garantir rescisões de

Próximo
Cícero faz conta para 2026: “Tenho 35% e o governo transfere por baixo 20%”

Cícero faz conta para 2026: “Tenho 35% e o governo transfere por baixo 20%”

Prefeito critica possível apoio a nomes com baixa intenção de voto na base

Você também pode gostar