O silêncio da “República da Paraíba” em Brasília diante da perda da Petrobras para Pernambuco

Enquanto classe política celebra influência em Brasília, Cabedelo perdeu R$ 100 milhões para estado vizinho
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Prefeito de Cabedelo, André Coutinho, lança os projetos Pacto pelo Porto e Destrava BR-230 durante coletiva de imprensa

O prefeito de Cabedelo, André Coutinho, revelou nesta sexta-feira (8) um dado alarmante: desde que a Petrobras transferiu para o Porto de Suape, em Pernambuco, a emissão de suas notas fiscais, o município perdeu mais de R$ 100 milhões anuais em ICMS.

A mudança derrubou em quase 50% a participação de Cabedelo na arrecadação estadual, despencando de 9,20% em 2021 para 4,81% em 2025, um prejuízo acumulado estimado em R$ 120 milhões.

“Não podemos aceitar que recursos que pertencem à nossa cidade continuem fortalecendo outro estado. Esse dinheiro representa investimentos em infraestrutura, serviços e qualidade de vida para a população de Cabedelo”, afirmou o gestor.

O caso expõe o discurso vazio e a realidade da chamada “República da Paraíba”, rótulo usado por políticos e bajuladores para celebrar o prestígio de paraibanos em cargos de destaque em Brasília.

Vendeu-se a ideia de que essa influência abriria portas e resolveria problemas históricos do estado. No entanto, enquanto se festejava o suposto poder político, a Paraíba perdeu espaço para Pernambuco sem qualquer reação efetiva de quem prometia influência e força de articulação.

Após reunião com a diretoria da Petrobras no Rio de Janeiro, o prefeito informou que houve sinalização positiva e anunciou que mobilizará a bancada federal para acelerar o processo.

“O governo da Paraíba vem investindo no Porto, garantindo condições plenas para receber novamente grandes empresas. A Petrobras reconheceu esse avanço e sinalizou interesse em voltar. Essa é uma luta que envolve toda a Paraíba e que vamos enfrentar com firmeza”, reforçou.

Segundo o prefeito, paralelamente a gestão tem buscado parcerias com os governos estadual e federal para mitigar a queda de arrecadação e manter projetos estruturantes.

“O momento fiscal é desafiador, mas seguimos trabalhando com responsabilidade para que os serviços essenciais não parem e para que Cabedelo continue crescendo”, concluiu Coutinho.

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