O líder do PL na Câmara, deputado Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), admitiu nesta sexta-feira (8) que o colega Zé Trovão (PL-SC) foi orientado a impedir a entrada do presidente da Casa, paraibano Hugo Motta (Republicanos), no plenário, durante a confusão ocorrida nesta semana.
Segundo Sóstenes, a ordem era manter todos afastados da Mesa Diretora até que um acordo fosse fechado com Motta. “Ele tinha uma ordem para que ninguém subisse até que a gente fechasse o acordo. Ele não tinha ciência do acordo. Foi isso que aconteceu”, disse, em entrevista à GloboNews.
O líder do PL afirmou que a situação ocorreu porque Motta antecipou sua chegada. “Nós combinamos uma coisa com o presidente Hugo na sala dele, que nós íamos tirar todo mundo e não houve tempo. Eu não sei porque ele não esperou que nós voltássemos quando tudo estivesse desocupado. Como ele não tinha o monitoramento na sala dele, ele não sabia que o cenário estava daquela forma”, explicou.
Ainda segundo Sóstenes, a entrada de Motta no plenário antes do combinado gerou o impasse. “Quando eu vi que ele antecipou a chegada antes da gente desocupar, eu fui no Zé Trovão, que tinha ordem minha para fazer o que estava fazendo, e falei: ‘Deixa’. O Zé Trovão não tinha ciência do acordo.”
O deputado também criticou a possibilidade de punição aos envolvidos na obstrução. “Se viesse com polícia e ameaça de punição de seis meses, que foi publicado pelo secretário-geral da Mesa, eu acho que foi uma descortesia total com todos os parlamentares”, afirmou.