Líder do PL pede desculpas a Hugo Motta por mentira sobre acordo por anistia

Sóstenes Cavalcante reconheceu erro e negou que oposição tenha obtido compromissos em troca do fim da ocupação
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Hugo Motta em meio a pressão de bolsonaristas (Crédito: Marina Ramos/Câmara dos Deputados)

O deputado federal Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), líder do PL de Jair Bolsonaro na Câmara, pediu desculpas públicas ao presidente da Casa, Hugo Motta (Republicanos), nesta quinta-feira (7), após os episódios de obstrução promovidos pela oposição no plenário e em comissões nos últimos dias.

Durante pronunciamento no plenário, com Hugo Motta presente, o parlamentar reconheceu que agiu de forma inadequada em um momento de tensão e disse que a retratação pública era necessária.

“Eu não fui correto com Vossa Excelência no privado e faço questão de pedir perdão em público. Ontem, os ânimos estavam acirrados, e reconheço que estávamos emocionalmente desequilibrados para aquela situação”, declarou Sóstenes.

Ainda nesta quinta, o líder do PL divulgou nota oficial negando que o presidente da Câmara tenha feito qualquer acordo de pauta com a oposição para encerrar a ocupação do plenário. Segundo ele, a retomada dos trabalhos não está vinculada a nenhuma concessão específica.

“O compromisso de Hugo Motta é com os líderes partidários. As pautas como fim do foro privilegiado e anistia política serão debatidas porque representam a maioria desta Casa”, disse o comunicado.

Hugo Motta: “Presidência é inegociável”

Mais cedo, ao chegar ao Congresso, Hugo Motta também negou qualquer tipo de barganha com os parlamentares da oposição para retomar o controle do plenário. Ele afirmou que manteve o diálogo, mas não cedeu em relação às prerrogativas do cargo.

“A presidência da Câmara é inegociável. Não há qualquer pauta acordada em troca da retomada dos trabalhos. Isso precisa ficar claro”, destacou.

Questionado sobre a atuação do ex-presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), que participou de articulações durante a crise, Motta disse que a colaboração de lideranças foi bem-vinda naquele contexto.

“Todos os líderes atuaram. Foi um momento de tensão que a Câmara não vivia há muito tempo, e é natural que articulações ocorram. A atuação de todos foi importante para que os trabalhos fossem retomados”, pontuou.

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