A Câmara dos Deputados manterá a sessão deliberativa marcada para as 20h30 desta quarta-feira (6), apesar da obstrução promovida por parlamentares da base bolsonarista. A decisão foi confirmada pelo presidente da Casa, Hugo Motta (Republicanos), que também sinalizou a possibilidade de punições.
De acordo com líderes partidários, ficou combinado com Motta que a Polícia Legislativa será acionada para retirar quem continuar ocupando o espaço, sob risco de suspensão do mandato por seis meses.
Desde a terça-feira (5), deputados aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro ocuparam o plenário da Câmara, em protesto contra a decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que determinou a prisão domiciliar de Bolsonaro por descumprir medidas cautelares.
Além disso, os parlamentares pressionam pela pauta da anistia e pedem o impeachment de Moraes, promovendo atos simbólicos como o uso de esparadrapos na boca e faixas com críticas ao STF.
No Senado, o presidente Davi Alcolumbre (União-AP) adotou outra estratégia. Para evitar paralisações, determinou que a sessão de quinta-feira (7) seja realizada de forma remota, garantindo a continuidade dos trabalhos.
Em nota, ele declarou que o Parlamento “não será refém de ações que visem desestabilizar seu funcionamento” e destacou como prioridade o projeto que amplia a isenção do Imposto de Renda para quem recebe até dois salários mínimos.