Anestesiologistas da Paraíba criticam resolução do CFM que proíbe sedação em tatuagens não reparadoras

Sociedade de Anestesiologia da Paraíba diz que medida do CFM limita atuação médica e pode estimular prática irregular
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Reprodução / Internet

A Sociedade de Anestesiologia do Estado da Paraíba (SAEPB) divulgou nota nesta segunda-feira (28) criticando a resolução do Conselho Federal de Medicina (CFM), que proíbe a realização de sedação, anestesia geral ou bloqueios anestésicos periféricos para procedimentos de tatuagem, salvo em casos de finalidade médica reparadora.

Na nota, assinada pelo diretor-presidente Dr. Gutenberg Borborema, a SAEPB destaca que a prática já faz parte da rotina profissional de anestesiologistas em diversos estados e afirma que a restrição “limita o campo de atuação do médico anestesiologista” e “contribui para o aumento da insegurança assistencial”.

“A anestesia para procedimentos de tatuagem já representa um campo consolidado em diversos estados do país”, diz o texto.

A entidade defendeu, durante reuniões com a Sociedade Brasileira de Anestesiologia (SBA), a criação de um Protocolo de Anestesia Segura como alternativa à vedação. A proposta, segundo a SAEPB, visava garantir a segurança do paciente e regulamentar a atuação médica nesse nicho. No entanto, a resolução foi publicada sem o debate técnico esperado.

“Fomos surpreendidos com a publicação da resolução pelo CFM, sem que houvesse um diálogo técnico mais amplo com os representantes da especialidade”, pontuou a entidade.

A nota ainda faz um reconhecimento público ao conselheiro federal Dr. Bruno Leandro, que consultou a SAEPB antes da votação e seguiu a posição favorável à regulamentação segura da prática.

“Sua postura demonstra compromisso com a escuta qualificada, a ética institucional e a representação técnica responsável”, finaliza a SAEPB.

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