A passagem da ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro pela Paraíba, entre sexta-feira (25) e sábado (26), foi marcada por discursos inflamados, ataques ideológicos e declarações preconceituosas e excludentes.
Em eventos realizados em João Pessoa e Campina Grande, ela não apenas anunciou apoio ao senador Efraim Filho (União Brasil) para o governo do estado e ao ex-ministro da Saúde Marcelo Queiroga (PL) para o Senado, como também protagonizou um show de horrores.
Na sexta-feira, em João Pessoa, Michelle afirmou que “a minoria tem lugar no inferno”.
No sábado, em Campina Grande, as falas polêmicas continuaram.
Ao criticar o que chamou de “falsa esquerda socialista”, Michelle ironizou o uso de marcas de luxo:
“Eu posso usar grife porque não sou contra o capitalismo. Agora, os socialistas do Brasil querem usar iPhone, viajar pra Europa, usar bolsa de grife. Já nos Estados Unidos ficou mais difícil, né?”, ironizou.
Na mesma fala, usou o ex-presidente uruguaio Pepe Mujica como exemplo de “socialismo verdadeiro”, com “dente podre” e “casa caindo aos pedaços”, sugerindo que quem discorda dela politicamente deveria viver em condições precárias.
Apesar do tom messiânico, Michelle não é empresária, tampouco possui carreira profissional registrada em grandes áreas de atuação.
Michelle também afirmou que o Brasil vive hoje uma disputa entre “vida e morte” e pediu o apoio ao projeto político da direita bolsonarista.
Lula deve torcer todos os dias para que a substituta de Jair Bolsonaro, hoje com tornozeleira e prestes a uma condenação por tentativa de golpe de Estado, seja, de fato, sua esposa.