Prédio alvo de tiros em Cabedelo é onde mora juíza que cassou prefeito, vice, vereador e ex-prefeito; PF investiga caso

PF investiga se disparo teve motivação política ligada à atuação da magistrada
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Juiza Thana Michelle

O edifício residencial que foi alvo de disparos de arma de fogo na madrugada do dia 5 de julho, em Cabedelo, é o mesmo onde reside a juíza Thana Carneiro Rodrigues, da 57ª Zona Eleitoral, responsável por uma decisão judicial que cassou o prefeito André Coutinho (Avante), a vice-prefeita Camila Holanda (PP), o vereador Márcio Alexandre (União Brasil) e o ex-prefeito Vitor Hugo (Avante).

O tiro atingiu uma das unidades do prédio – especificamente o apartamento de um promotor de Justiça. A informação foi revelada inicialmente pelo jornalista João Paulo Medeiros, do Jornal da Paraíba, e confirmada pelo @blogmauriliojunior.

A própria magistrada comunicou o fato ao Tribunal Regional Eleitoral da Paraíba (TRE-PB), o que levou a investigação a ser transferida da Polícia Civil para a Polícia Federal.

Ao jornal da Paraíba, o presidente do TRE-PB, desembargador Oswaldo Trigueiro, disse o seguinte:

— Esses fatos foram relatados pela própria juíza, em relação ao que ocorreu no dia em que foram alvejadas situações de residências onde ela tem um apartamento. Houve uma preocupação do aparato federal, evidentemente, porque trata-se de uma juíza eleitoral. E diante disso tivemos o contato com a Superintendência da Polícia Federal para que ela pudesse, através de um expediente caminhado por nós, tomar todas as providências necessárias e cabíveis. Ou seja, a investigação, a estruturação de uma linha de trabalho para saber até que ponto isso tem algum tipo de envolvimento com a atividade que ela desenvolveu enquanto juíza eleitoral.

A cassação teve por base a investigação “En Passant”, conduzida pela Polícia Federal e pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado), que apurou possível interferência de grupos ligados ao tráfico de drogas no processo eleitoral de 2024. Os políticos investigados recorreram da decisão e aguardam julgamento em instância superior.

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