O presidente da Câmara dos Deputados, paraibano Hugo Motta (Republicanos), viveu um dia tenso nesta terça-feira (15).
Durante a votação da PEC dos Precatórios, ele se envolveu em um bate-boca com o deputado bolsonarista Carlos Jordy (PL-RJ), que acusou a presidência de ter retirado um destaque da proposta sem autorização da liderança do PL.
Ao ser confrontado, Motta reagiu:
— A secretaria-geral da Mesa não retiraria um destaque sem autorização do líder. Queria que o senhor ligasse para o seu líder e viesse aqui para a Mesa, porque nesta Mesa tem pessoas de bem que jamais fariam isso — afirmou.
Diante da ameaça de Jordy de orientar o voto contra a PEC, Motta respondeu:
— Não tem problema votar contra. Eu não funciono na base da ameaça. O senhor oriente como quiser. Eu não admito esse tipo de colocação com esta presidência.
Apesar da tensão no plenário, a PEC foi aprovada em segundo turno. Mas o dia não foi difícil apenas pelo embate político.
Hugo Motta também enfrentou desgaste com a repercussão de uma reportagem nacional que aponta que a Câmara dos Deputados já pagou R$ 807,5 mil à fisioterapeuta Gabriela Batista Pagidis, supostamente lotada como funcionária fantasma em seu gabinete.