A crise diplomática provocada pelo anúncio de tarifa de 50% a produtos brasileiros feito por Donald Trump ganhou um novo capítulo nesta sexta-feira (11), com uma reação da China e um recuo no discurso do republicano. Pressionado internacionalmente, Trump afirmou que pode conversar com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, “mas não agora”.
“Talvez em algum momento, mas não agora”, disse o presidente americano, ao ser questionado se falaria com Lula sobre a medida que entra em vigor no dia 1º de agosto. No mesmo momento, voltou a defender Jair Bolsonaro, dizendo que ele está sendo tratado de forma injusta pela Justiça brasileira.
Já a China, por meio de seu Ministério das Relações Exteriores, criticou abertamente a postura dos EUA. A porta-voz Mao Ning declarou que “tarifas não deveriam ser uma ferramenta de coerção, intimidação ou interferência”, destacando que a soberania e a não-intervenção são princípios essenciais nas relações internacionais.
A manifestação pública de Pequim é a primeira desde o anúncio do tarifaço por Trump. Enquanto isso, Lula manteve a posição firme. Em entrevista nesta quinta (10), afirmou que a resposta do Brasil será com “reciprocidade”, e anunciou a criação de um comitê para acompanhar a política comercial com os Estados Unidos.