A Câmara dos Deputados aprovou na madrugada desta quarta-feira (9) por 209 a 165 a criação de 160 funções comissionadas no Supremo Tribunal Federal (STF).
As novas funções serão distribuídas entre os gabinetes dos ministros e custarão R$ 7,8 milhões por ano.
A proposta foi pautada pelo paraibano presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos), que vem adotando um discurso de austeridade fiscal e cobrando cortes de gastos do governo federal.
O relator do projeto, deputado Bruno Farias (Avante-MG), afirmou que os recursos estão dentro do teto orçamentário do STF e que não haverá impacto adicional nas contas públicas.
Mesmo assim, a criação de cargos em meio a uma crise fiscal e discussões sobre ajuste nas contas públicas gerou críticas nas redes sociais.
Sete deputados da bancada paraibana participaram da votação. Veja como cada um votou:
✅ Votaram a favor (Sim):
- Aguinaldo Ribeiro (PP)
- Gervásio Maia (PSB)
- Luiz Couto (PT)
- Mersinho Lucena (PP)
- Romero Rodrigues (Podemos)
❌ Votaram contra (Não):
- Ruy Carneiro (Podemos)
- Cabo Gilberto Silva (PL)
E não foi a única medida polêmica aprovada recentemente.
No último dia 25 de junho, a Câmara também deu aval a um aumento no número de deputados federais, elevando de 513 para 531 parlamentares.
A mudança, que vale a partir da legislatura de 2027, preserva o tamanho das bancadas que perderiam representantes segundo o Censo de 2022. O texto aguarda agora sanção presidencial.
As decisões ocorrem em meio a um ambiente de cobrança pública por mais responsabilidade fiscal, mas mostram que o Congresso continua ampliando seus próprios espaços de poder e estrutura interna, ainda que o discurso seja de contenção de despesas.