Principal aliado político de Hugo Motta na Paraíba, o presidente da Assembleia Legislativa, Adriano Galdino (Republicanos), criticou nesta quinta-feira (03) a decisão do Congresso Nacional de derrubar o aumento do IOF, medida articulada pelo presidente da Câmara, também paraibano. Ao comentar o episódio, Galdino afirmou que teria votado pela manutenção do decreto editado pelo presidente Lula.
“Eu teria votado de acordo com a orientação do governo Lula. Que era de manutenção do decreto. Pela manutenção do decreto. Por quê? Porque eu concordo que quem tem muito nesse país tem que pagar mais imposto. Quem tem menos tem que pagar menos. Não tem sentido continuar uma caixa de ricos, né? Sempre se beneficiando desse país em detrimento dos interesses menores dos mais pobres, dos mais humildes”, declarou em entrevista à Arapuan FM.
Galdino ainda apontou o avanço do mercado financeiro como um novo poder que, segundo ele, atua para manter privilégios das elites econômicas em detrimento da maioria da população. Hugo, aliás, esteve reunido com a elite empresarial na última segunda-feira (30), e foi tratado como “herói” do Brasil.
“Tem fala minha de 30 dias atrás, de 40 dias atrás, de 50 dias atrás, eu dizendo que está se formando no país um novo poder, que é o poder do mercado financeiro. E esse poder está se organizando em termos de mídia, em termos de representatividade política para influenciar na questão econômica, na questão política, porque o mercado financeiro é representado pelos grandes ricos do Brasil. […] Eles são insaciáveis. O Brasil hoje é um país dos banqueiros, do juro alto, da extorsão monetária, porque esse pessoal, os ricos do Brasil, são insaciáveis e querem cada vez mais tirar proveito da nação brasileira”.
O presidente da Assembleia também destacou que a carga tributária no Brasil recai, historicamente, sobre os mais pobres e defendeu a taxação dos super-ricos como saída para enfrentar as dificuldades econômicas do país.
“Eu acho que o Brasil precisa melhorar a sua arrecadação. Existe uma camada da população que são os bilionários, as pessoas que mais têm nesse país, que pagam poucos impostos. E existe um costume daquelas pessoas que menos têm de estar pagando muito imposto. Então está na hora de quem tem mais contribuir com mais, para que a gente possa atravessar esse período de dificuldade que passa o país hoje”.