O Irã declarou nesta terça-feira (24) o encerramento das hostilidades com Israel, após 12 dias de confrontos diretos que envolveram ataques ao território israelense e a bases americanas no Oriente Médio. O presidente iraniano, Masoud Pezeshkian, classificou o desfecho como uma “vitória imposta pela coragem do povo” e reafirmou que a guerra foi resultado do que chamou de provocação israelense.
O cessar-fogo, anunciado na véspera pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, foi mediado com apoio do Catar e entrou oficialmente em vigor durante a madrugada (1h no horário de Brasília). Apesar disso, relatos de novos ataques e trocas de acusações entre os governos colocaram a trégua sob tensão nas primeiras horas.
Em nota à imprensa, o Comando Militar do Irã afirmou que os EUA e Israel “devem aprender com a resposta dura recebida”, fazendo referência aos ataques contra alvos estratégicos nos dois países. O aiatolá Ali Khamenei também reforçou que o Irã “não é uma nação que se rende” e que manterá vigilância sobre movimentações estrangeiras na região.
Já o governo de Israel indicou que, encerrado o confronto com o Irã, a atenção volta a se concentrar na Faixa de Gaza, onde persistem operações militares. Donald Trump, por sua vez, cobrou moderação de Tel Aviv: “Israel, não jogue suas bombas. Se fizer isso, será uma grande violação”, escreveu o presidente americano nas redes sociais.