A tentativa de Jackson Macêdo, presidente estadual do PT, de inserir o partido no centro das articulações para 2026, sugerindo até candidaturas próprias ao governo e ao Senado, esbarra em um obstáculo incontornável: a falta de legitimidade para liderar esse movimento neste momento.
Primeiro, porque o próprio Jackson está prestes a deixar a presidência da legenda. Segundo, porque o desempenho do PT nas eleições municipais de 2024 foi, mais uma vez, pífio. O partido elegeu apenas um prefeito em todo o estado e saiu de João Pessoa visivelmente enfraquecido. E esse enfraquecimento tem digital clara de Jackson, que defendeu abertamente que o PT não lançasse candidatura própria na capital e trabalhou para apoiar Cícero Lucena (PP) já no primeiro turno.
O resultado disso foi o isolamento da candidatura de Luciano Cartaxo, deputado estadual e nome do próprio partido, que não contou com o engajamento do presidente estadual da legenda em sua campanha. Faltou protagonismo, faltou coerência, e agora falta espaço político real para que o PT entre na mesa com força para discutir chapas majoritárias em 2026.
Jackson é uma figura respeitada, mas politicamente, sua condução afastou o PT do debate central em 2026. Tentar reverter isso com uma postagem enigmática em rede social pode até gerar manchete, mas dificilmente gera articulação séria.