Com o espaço aéreo de Israel fechado e o cenário de tensão ainda agravado após retaliações entre Israel e Irã, o Ministério das Relações Exteriores orientou na tarde desta sexta-feira, 13, que os cerca de 50 brasileiros que estão no país, incluindo o prefeito de João Pessoa, Cícero Lucena (PP), aguardem no território israelense até que haja “mudança substantiva nas circunstâncias”.
A recomendação foi enviada diretamente ao presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos), que tem atuado junto ao Itamaraty buscando uma saída segura para o grupo, composto também por outras autoridades como o governador de Rondônia e os prefeitos de Macaé, Belo Horizonte, entre outros.
No momento, não há previsão para reabertura do Aeroporto Internacional Ben-Gurion, em Tel Aviv. Segundo o comunicado, o governo israelense estuda manter o terminal fechado por ao menos dois ou três dias.
As alternativas por via terrestre também são delicadas:
A travessia para a Jordânia está inviabilizada, já que o país também fechou seu espaço aéreo.
A rota até o Egito, via Península do Sinai, é considerada arriscada e exigiria uma complexa coordenação com autoridades egípcias, inclusive sobre autorização de entrada.
Diante disso, o MRE reforça: “Evitem deslocamentos, permaneçam próximos a abrigos e sigam instruções locais.” A recomendação é de cautela e permanência no território israelense até nova avaliação.
O prefeito Cícero, que está em Israel desde o início da semana participando do evento internacional MuniWorld 2025, chegou a relatar mais cedo ao @blogmauriliojunior que o grupo está seguro em um alojamento universitário com acesso a bunkers. Ele tem liderado os contatos com o Congresso em busca de apoio.